BLOG DO ALVO

SÍNDROME DE BABEL

O mundo ocidental vem sistematicamente abandonando a ideia de que precisamos de Deus. Para quê? É a pergunta feita pela mente tecnológica. Temos resposta para tudo. As grandes potências confiam em seus armamentos nucleares, em sua medicina de Primeiro Mundo, em sua competência para recuperar a Economia mundial. 

Até mesmo um suposto “pastor” afirmou em artigo no mês passado que “não resvala no ateísmo”, porque lhe seria impossível deixar de crer, mas que ele “não crê mais num Deus soberano que conduz a história nos trilhos da providência”. Ele optou por acreditar “nas iniciativas humanas, nos movimentos solidários, na busca incessante da justiça, na ação profética de instituições que defendem a dignidade humana.

Poético. Mas raso como uma piscina sem água. Uma espécie de versão religiosa de ateísmo prático. Porque não há diferença entre viver afirmando de punhos cerrados que não precisamos de Deus e disfarçar a descrença com palavras bonitas. Deus não é manipulável, de acordo com nossas preferências do dia. Ou você aceita quem Ele diz ser e aceita Seus termos, ou vai ficar frustrado para sempre. 

Não é de se estranhar que os humanos que nunca conheceram a Deus achem que podem viver independentes e livres. Desde a torre de Babel isso acontece. Os homens se reuniram na planície de Sinear para construir uma torre que chegasse até o céu, um monumento para eternizar seu nome. Era uma forma de “acreditar na iniciativa humana”. Deu no que deu. 

Um mundo sem Deus é um mundo de desespero e desamor. É um ambiente no qual cada um pensa em si e se acha no direito de fazer o que quer para conseguir o que deseja. É uma civilização onde impera a corrupção, a lei do mais forte, a barbárie. Se isso lhe soa familiar, então você já entendeu a mensagem.

Eu rejeito um mundo sem Deus. Eu abomino a ideia de um Deus não soberano, que dependa da capacidade humana para realizar algo que preste. Eu creio no Deus que se revela majestoso, incomparável, indomável. 

Eu não preciso compreender nem explicar esse Deus. Não preciso de todas as respostas. Preciso apenas aprender, como Jó, mesmo antes de saber o final da história, que Ele pode fazer todas as coisas e que nenhum dos Seus planos pode ser frustrado (Jó 42:2). 

Só o Senhor é Deus. Eu continuo sendo homem. 

Graças a Deus.